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Everaldo: Conheça o primeiro jogador do Grêmio a vencer uma Copa do Mundo

Dificilmente o nome de Everaldo Marques da Silva estará entre os primeiros citados quando se fala dos craques responsáveis pela conquista do tricampeonato mundial pelo Brasil em 1970. Ele não era o protagonista como Pelé, Gerson, Tostão, Jairzinho ou Rivellino, no entanto, ele era um elemento chave e hoje vamos contar a sua história.

Everaldo nasceu no dia 11 de setembro de 1944, em Porto Alegre (RS). Viveu no Grêmio, das categorias de base ao elenco profissional, dos 13 aos 30 anos, com exceção a um breve empréstimo ao Juventude. Sua trajetória vitoriosa no futebol foi interrompida aos 30 anos, em um acidente automobilístico ocorrido em 27 de outubro de 1974.

Por que lembramos tão pouco de Everaldo na Copa de 70?

Aquele lateral-esquerdo gaúcho, ainda que longe dos holofotes, foi decisivo para que um time com tantos craques do meio para frente pudesse se equilibrar. O irmão de Everaldo, Arnaldo, descreve a situação: “Dos demais, quase ninguém falava. Era uma coisa de louco por ter Pelé e companhia”. Entretanto, Everaldo foi fundamental nas jogadas dos gols de Gerson e Carlos Alberto Torres na final contra a Itália.

Os jogadores convenceram Zagallo a escalá-lo?

O ciclo de preparação da seleção brasileira para a Copa de 70 foi marcado pelos espetáculos sob o comando do técnico João Saldanha, substituído por Zagallo pouco antes do Mundial. Foi durante esse período que os jogadores pediram para Zagallo incluir Everaldo na equipe, dado o seu talento tanto na marcação quanto nas habilidades ofensivas. “Aí Clodoaldo, Gerson, eu e toda a turma nos reunimos com o Zagallo e falamos”, brita o zagueiro titular na conquista do tricampeonato, Brito.

Como Everaldo morreu?

Everaldo faleceu no dia 27 de outubro de 1974. Viajava em um Dodge Dart, presente de uma concessionária pelo triunfo na seleção. Estava acompanhado da esposa, Cleci, das filhas Denise e Deise, da irmã Romilda e dos tios Maria Madalena e Jardelino, quando o carro se chocou com um caminhão. Denise, Jardelino e Madalena sobreviveram, mas Everaldo, Cleci e Deise não resistiram aos ferimentos.

A lembrança que a filha Denise tem do pai é a de um homem de caráter ímpar, dedicado à família e que possivelmente estaria envolvido em projetos sociais, caso ainda estivesse vivo: “Quero passar para os meus filhos que meu pai era um homem de um caráter imenso. Ele deveria ter ficado mais um pouco mais entre a gente, mas são coisas da vida”.

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